As esposas do Profeta (s)
Depois da morte de sua primeira esposa, Khadijah, o Profeta (s) se casou com onze mulheres; todas elas divorciadas, exceto A’ishah. Seis de suas esposas eram da tribo de Quraish, uma de origem judia e as outras eram de diferentes tribos árabes. Casou-se com uma servente, Máriyah, egípcia copta, mãe de seu filho Ibrahimo. Ela foi presente do Ciro, rei de Alexandria, ao Mensageiro de Deus (s). E este disse: ‘Em breve ireis conquistar o Egito, onde há uma terra chamada Quirat. Então, tratai as pessoas de lá com bondade, porque haverá laços de parentesco e a nossa responsabilidade quanto a elas’. Outra narrativa diz que ele disse: ‘Logo ireis conquistar uma terra onde o quilate é por demais falado’ [Musslim].
O Profeta (s) se casou com essas mulheres por muitas razões:
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Propósitos religiosos e legislativos:
O Profeta (s) se casou com Zainab bint Jahash. Os árabes na Era Pagã pré-Islâmica proibiam a um homem casar- se com a esposa de seu filho adotivo; eles acreditavam que o filho adotivo era como o filho biológico em todos os aspectos. O Profeta (s) se casou com ela, embora ela tenha sido casada com seu filho adotivo, Zaid bin Hárissah. O Mensageiro de Deus (s) casou-se com ela para abolir essa crença. Deus, o Altíssimo, disse: Então, quando Zaid satisfez seu desejo de estar com ela, fizemo-te com ela casar, para que não houvesse, sobre os crentes, constrangimento em relação às mulheres de seus filhos adotivos, quando estes satisfazerem seu desejo de estar com elas. E a ordem de Allah deve ser cumprida. (33:37)
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Razões políticas, com vista à difusão do Islã, harmonização dos corações e conquista da simpatia das tribos árabes:
O Mensageiro de Deus (s) se casou com mulheres das mais influentes tribos árabes. O Profeta (s) ordenou a seus Companheiros fazer o mesmo. O Profeta (s) enviou Abd Ar-Rahmân bin Auf para islamizar o povo de Dumat al-Jandal e disse-lhe: ‘Se te seguirem (aceitarem o Islã), então casa com a filha do chefe da tribo’. (História de at-Tabri. V.2, p. 126)
O Dr. Cl. Cahan disse:
‘Alguns dos aspectos de sua vida podem parecer confusos devido à mentalidade atual. O Mensageiro é criticado por sua obsessão de realização mundana e por suas nove esposas, com as quais se casou depois da morte de sua primeira esposa, Khadijah. Já ficou confirmado que a maioria desses matrimônios foram realizados por razões políticas, com o propósito de obter lealdade de alguns nobres e tribos’. -
Razões sociais:
O Profeta (s) se casou com as esposas de alguns de seus Companheiros que morreram em batalha. Casou-se com elas embora fossem mais velhas do que ele, e o fez para honrá-las e para honrar seus defuntos maridos.
Veccia Vaglieri em seu livro “In Defense of the Islam”, disse:
Durante os anos de sua juventude, Muhammad (s) se casou só com uma mulher, embora a sexualidade masculina estivesse em seu ponto mais alto durante esse período. Ainda que vivendo na sociedade em que viveu, onde os matrimônios plurais eram considerados a regra geral, e o divórcio era algo muito fácil – ele só se casou com uma mulher, embora sendo mais velha do que ele. Ele foi um marido fiel por vinte e cinco anos, e não se casou com outra mulher, exceto depois de enviuvar. Tinha então cinquenta anos. Casou-se com suas esposas mais tarde por razões sociais ou propósitos políticos; tanto por querer a honra da mulher piedosa, ou por querer a lealdade de certas tribos para poder expandir o Islã entre eles. Nenhuma das esposas com que Muhammad (s) se casou era virgem, nem jovem ou bela; exceto A’ishah. Então, como pode alguém proclamar que era um homem luxurioso? Ele era um homem e não um deus. Seu desejo de ter um filho poderia também tê-lo levado a se casar, já que todos os filhos que teve com Khadijah morreram. Por outro lado, foi quem assumiu as responsabilidades financeiras de sua extensa família, sem ter grandes recursos. Era justo e equitativo e não fazia distinção entre eles. Seguiu a prática de antigos Profetas como Moisés, a quem ninguém se opôs por seus múltiplos matrimônios. Será que a razão pela qual se objeta pelos múltiplos matrimônios de Muhammad, é o fato de que conhecemos até o mais íntimo detalhe de sua vida, e sabemos muito pouco da vida dos Profetas anteriores?Thomas Carlyle disse:
‘Muhammad mesmo, depois de tudo que se pode dizer dele, não era um homem sensual. Erramos ao considerar esse homem com intenções de desfrutar dos prazeres básicos, ou prazeres de qualquer outro tipo’. ( 'Heroes, Hero-Worship and the Heroic in History' )